Ribeirão Preto é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, Região Sudeste do Brasil. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Ribeirão Preto, localizando-se a noroeste da capital do estado. Ocupa uma área de 650,366 km², com 99,7% de seus habitantes vivendo na zona urbana. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,855, considerando-se assim como elevado em relação ao país, sendo o sexto maior do estado.
Ribeirão Preto foi fundada em 1856, sendo que a região recebia muitos mineiros que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. No começo do século XX a cidade passou a atrair imigrantes, que foram trabalhar na agricultura ou nas indústrias abertas na década de 1910. O café, que foi por algum tempo uma das principais fontes de renda, se desvaloriza a partir de 1929, perdendo espaço para outras culturas e principalmente para o setor industrial. Na segunda metade do século XX foram incrementados investimentos nas áreas de saúde, biotecnologia, bioenergia e tecnologia da informação, sendo declarada em 2010 como "polo tecnológico". Essas atividades atualmente fazem com que Ribeirão Preto tenha o trigésimo maior PIB brasileiro.
Demografia
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 604.682 habitantes, sendo o oitavo mais populoso do estado. Segundo o censo de 2010, 290.286 habitantes eram homens e 314.828 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 603.401 habitantes viviam na zona urbana e 1.713 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2012, a população municipal era de 619.746 habitantes.
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 604.682 habitantes, sendo o oitavo mais populoso do estado. Segundo o censo de 2010, 290.286 habitantes eram homens e 314.828 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 603.401 habitantes viviam na zona urbana e 1.713 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2012, a população municipal era de 619.746 habitantes.
Pobreza, desigualdade e crecimiento
Segundo o IBGE, no ano de 2003 o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,40, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,42, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 11,75%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 8,16%, o superior é de 15,35% e a incidência da pobreza subjetiva é de 8,75%.
De 1991 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em -14,0%. Em 2010 88,3% da população vivia acima da linha da pobreza, 7,4% encontrava-se na linha da pobreza e 4,3% estava abaixo. Em 2000, a participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 61,1%, 21 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 3,0%, sendo que em 1991 a participação dos 20% mais pobres era de 4,0%, ou seja, do começo da década de 90 até o ano de 2000 houve crescimento da desigualdade social na cidade.
Segundo a prefeitura, em 2010 havia 44 favelas e 23 mil habitantes vivendo nelas, sendo que muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Ribeirão Preto, porém não conseguiram emprego e acabaram em afixar-se em aglomerados subnormais. Para reverter a situação houve a tentativa de remoção de vários núcleos de favelas, porém a resistência da população fez com que em alguns casos fosse preferível a urbanização dos aglomerados subnormais. Nestes casos os aglomerados passaram por processos de regularização da posse da terra, parcelamento do solo, implantação de infra-estrutura, regularização do traçado de acesso e vias internas. Outros projetos incluem a construção de Conjuntos Habitacionais (COHABs) em espaços vazios da cidade, conforme diretrizes do Plano Diretor de Ribeirão Preto e das diretrizes do Estatuto das Cidades.
Política e administração
A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo. O poder legislativo é constituído pela câmara, composta por vinte vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição) e está composta da seguinte forma: quatro cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), quatro cadeiras do Democratas (DEM); três cadeiras do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); duas cadeiras do Partido Republicano (PR); uma cadeira do Partido Social Cristão (PSC); uma do Partido Republicano Brasileiro (PRB); uma do Partido Popular Socialista (PPS); uma do Partido Verde (PV); uma do Partido dos Trabalhadores (PT); uma do Partido Progressista (PP); e uma do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Governo atual
Clicando aqui, você poderá conhecer a todas as autoridades do executivo da Prefeitura de Ribeirão Preto. A atual prefeita da cidade é Dárcy Vera, cargo, este, que a colocou na história da cidade, como sendo a primeira mulher a ocupá-lo. Em 2012, Dárcy foi reeleita, sendo a primeira mulher conseguir o feito.
Economia
O Produto Interno Bruto (PIB) de Ribeirão Preto é o décimo maior do estado de São Paulo e o trigésimo de todo o país. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 14.688.064.000 mil. 1.699.394 mil. eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita era de R$ 26.083,97 e em 2000 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda era de 0,823, sendo que o do Brasil naquele ano era de 0,723.
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2010, 34.125 unidades locais e 33.015 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. 242.310 trabalhadores eram classificados como pessoal ocupado total e 198.838 categorizavam-se em pessoal ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 3.960.153 mil. reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,1 salários mínimos. A região de Ribeirão Preto é uma das mais ricas do estado de São Paulo, apresentando elevado padrão de vida (renda, consumo, longevidade). Além disso, possui localização privilegiada, próxima a importantes centros consumidores, e acesso facilitado devido à infraestrutura de transportes e comunicação, sendo ainda uma das maiores produtoras mundiais de açúcar e álcool.
No setor primário, a agricultura é o setor menos relevante da economia de Ribeirão Preto. De todo o PIB da cidade 41.652 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 4.539 bovinos, 726 equinos, dez asininos, dez muares e 310.810 galos, frangas, frangos e pintinho. 791 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 2.250 mil litros de leite. Apesar de ser um município predominantemente urbano, situa-se no meio de uma série de municípios vizinhos em que a agricultura é a principal atividade econômica, o que acaba em influenciar as principais atividades da cidade, que estão centradas no comércio e na prestação de serviços.
No setor secundário, a indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. 2.424.642 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). O destaque na cidade é para os setores de produção de alimentos e bebidas; indústrias da área de saúde; papel, papelão e gráfica; metalúrgica e têxtil e vestuário. Da principal fonte de renda do setor primário, a cana-de-açúcar, se retira a matéria prima para fabricação do álcool e do açúcar, sendo que é um dos maiores polos produtores destes produtos no estado de São Paulo. Estes setores passaram por um grande desenvolvimento durante o final da segunda metade do século XX, devido à necessidade de investimentos na economia municipal a fim de combater o desemprego gerado pela crise do café.
O pioneiro para a consolidação da pujança atual foi o Mercado Central de Ribeirão Preto, que começou a ser construído em 1899 e foi concluído em 1900, sendo inaugurado em outubro. Algumas catástrofes atingiram o Mercado Municipal, como as enchentes e o destruidor incêndio, em 7 de outubro de 1942, causado por um curto-circuito elétrico. Este incêndio queimou praticamente todo o prédio, tornando-o inabitável. Em 1956, surgiu a proposta da construção de um novo Mercado Municipal. Com a ajuda do estado, esta ideia tornou-se possível e, em 28 de setembro de 1958, o então prefeito Costábile Romano inaugurou o novo prédio. Hoje o Mercado conta com 152 boxes, numa área construída de 4.150 m², sendo um dos principais núcleos comerciais do município. Além do tradicional e pioneiro Mercado Central, o município possui vários centros comerciais (shoppings), tornando-a referência e polo comercial do interior de São Paulo. Alguns dos principais centros comerciais são: o Ribeirão Shopping, o Novo Shopping Ribeirão Preto, o Shopping Santa Úrsula, o Iguatemi Ribeirão Preto e o Buriti Shopping.
Saúde
Em 2009, o município possuía 319 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 64 deles públicos e 255 privados. Neles a cidade possuía 2 177 leitos para internação, sendo que 947 estão nos públicos e os 1.320 restantes estão nos privados. Em 2011 95,7% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia. Em 2010 foram registrados 8.141 nascidos, sendo que o índice de mortalidade infantil era de 9,7 a cada mil crianças menores de um ano de idade e 99,8% do total de nascidos vivos tiveram seus partos assistidos por profissionais qualificados de saúde. Neste mesmo ano 12,5% do total de mulheres grávidas eram de meninas que tinham menos de 20 anos. 32 963 crianças foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,8% delas estavam desnutridas.
Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto é o órgão ligado de forma direta à Prefeitura do Município de Ribeirão Preto e tem por função a manutenção e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas, programas e projetos que visem à saúde municipal. Para primeiros atendimentos a cidade conta com 33 Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dentre os serviços de apoio e atenção básica são alguns o Programa de Saúde da Criança e do Adolescente, o Programa de Fitoterapia e Homeopatia, a Vigilância Sanitária (VISA), o Programa de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (PASDEF), o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), o Programa de Saúde dos Deficientes Auditivos e Fissurados (Prodaf) e o Programa de Integração Comunitária (PIC). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Ribeirão Preto foi um dos primeiros a ser instituido no Brasil, hoje contando com 11 ambulâncias básicas (USBs) e uma UTI móvel (USA).
Educação
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Ribeirão Preto era, no ano de 2009, de 4,0 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 à 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º ano (antiga 4ª série) foi de 4,4 e do 9º ano (antiga 8ª série) foi de 3,7; o valor das escolas municipais e estaduais de todo o Brasil também era de 4,0. Entre as instituições particulares o índice municipal sobe para 6,1 (6,4 de alunos do 5º ano e 5,9 de alunos do 9º ano). O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da educação era de 0,918 (classificado como muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849.
O município contava, em 2009, com aproximadamente 117 373 matrículas nas redes públicas e particulares. Segundo o IBGE, naquele mesmo ano, das 168 escolas do ensino fundamental, 60 pertenciam à rede pública estadual, 26 à rede pública municipal e 82 eram escolas particulares. Dentre as 68 instituições de ensino médio, 32 pertenciam à rede pública estadual, 3 pertenciam à rede municipal e 33 às redes particulares.[86] Em 2000, 5,5% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos naquele ano, era de 67,7%. O índice de alfabetização da população 15 ou mais de idade, em 2010, era de 98,9%. Em 2006, para cada 100 meninas do ensino fundamental, havia 105 meninos.
Fonte: Wikipedia
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